Arquivo da categoria ‘Artigos da CMC’


Marketing em redes de negócios: 5 dicas para virar a mesa.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

5 dicas

Gestores de marketing em redes de negócios (sejam franquias, filiais, associados, etc.) frequentemente são “emparedados” pelos parceiros de negócio que reivindicam, dentre outras coisas, mais qualidade, mais volume, mais assertividade e mais agilidade nas ações de comunicação de marketing territoriais. Eu mesmo já passei por várias situações similares em redes de franquias nas quais atuei como gestor na Carvalho Martins Comunicação. Mas percebi que, com a visão correta, metodologia acertada e uma boa dose de coragem, é possível virar essa mesa, desde que a gente tenha uma mente aberta para mudar conceitos e práticas arraigadas em nossa cultura empresarial.

De fato, a estratégia de marketing local tem tido um peso cada vez mais relevante na comunicação das marcas que atuam em diversos territórios. Chamo de estratégia de marketing territorial aquela desenvolvida para prover a solução mais adequada e eficaz para demandas de um parceiro de negócios de uma determinada região: seja de um país, cidade ou bairro.

A massificação de mensagens perdeu sua força diante da nova realidade de fragmentação de mídias. Esta, gerou um novo consumidor ávido por mensagens quase que personalizadas de marcas e produtos. Neste cenário, a atenção que marcas devem dar às oportunidades locais, às características regionais e à cultura local passaram a ter um peso muito maior no estabelecimento de uma estratégia de marketing efetiva. E os caras lá na ponta já perceberam isso!

A questão que se coloca é: como as redes de negócios se posicionam diante dessa realidade? Como sair da zona de conforto e organizar uma estratégia de marca caracterizada pela necessidade de adaptações locais, sem que a proposta de valor da marca, seus atributos e diferenciais competitivos se diluam numa comunicação altamente fragmentada?

A resposta é simples e, apesar de não ser difícil de se implementar, exige esforço e coragem: mude o mindset e vire a mesa.

Aqui vão 5 dicas pra ajudar seu time de marketing a virar o jogo, ou seja: passar a cobrar dos parceiros de rede a realização de ações territoriais de marketing orquestradas pela matriz.

1 – Reconheça a necessidade local de seus parceiros de negócio. Aprenda com Mc Donalds que, para ganhar o consumidor brasileiro, permitiu incluir em seu cardápio internacional o Guaraná Antarctica, a torta de banana e o suco de maracujá.

2 – Substitua a visão “Global X Local” pela Global + Local” em seu time de marketing. Defina até que ponto deve ser preservado o posicionamento e o discurso global da marca, e a partir daí, o que pode ser adaptado e adicionado às características locais de cada mercado. Dissemine isso em sua rede, para que cada parceiro local entenda que faz parte de um propósito maior de geração de valor.

3 – Lembre que o marketing não é um departamento. Seus parceiros de negócio, que vivem suas realidades locais cotidianamente, costumam ter a sensibilidade de detectar os anseios e necessidades de seu público local. Isso é informação estratégica para o desenvolvimento de um plano de marketing mais realista. Ouça-os com atenção.

4 – Controle todo esse ambiente com a-u-t-o-m-a-ç-ã-o! Ninguém gerencia redes por Whatsapp e e-mail. É praticamente impossível construir um ambiente colaborativo de qualidade sem mecanismos de controle e regras claras. Dica: a Track Techno desenvolveu a Extranet Track exatamente com esse propósito!

5 – Crie um ambiente colaborativo e ágil em prover soluções. Organizações exponenciais envolvem colaboradores e comunidade no desenvolvimento de produtos, planos e estratégias, investindo até menos com ativos fixos. Delegue ao seu parceiro local a personalização de peças de marketing para dinamizar a comunicação local possibilitando a geração de mais faturamento. Para isso, invista em um software de Customização em Massa de peças de marketing, como o nosso Template Track, pioneiro no mercado brasileiro.

Sugiro ainda a leitura do livro Open Leaders (Pedro Mello, Mauro Peres, Daniel Guedes, Giovana Bratti), fruto do movimento Open Leaders do qual faço parte. O livro demonstra de forma clara e padagógica como que muitas empresas contemporâneas estão conseguindo prosperar com menos esforço e melhores resultados, estimulando a confiança, o engajamento e a abundância.

É hora de virar a mesa na gestão do marketing de sua rede. Quer conversar mais a respeito? Escreva pra mim: sergio@carvalhomartins.com.br


Afinal, as franquias devem ou não ter seus próprios perfis em redes sociais?

quarta-feira, 27 de março de 2019

redes sociais em redes de franquias

Por Sérgio Martins – Consultor de Marketing, diretor da Carvalho Martins

A busca pelo modelo perfeito de gestão da marca nas redes sociais em ambiente de redes de negócios é um assunto sempre em alta entre gestores de marketing. Durante o primeiro Open Franchising Summit, em São Paulo, uma das rodas de discussão era exatamente sobre esse tema. E não é de hoje que esse assunto volta e meia aparece em grupos e fóruns ligados ao mundo do franchising.

Com 17 anos a frente de estratégias de comunicação para redes de negócios, percebo que não existe um modelo único de gestão de redes sociais, mas caminhos que podem ser seguidos de acordo com o tipo de negócio e do segmento de cada rede.

É importante lembrar sempre que a marca pertence ao franqueador, e não aos franqueados. Às franquias, é concedido apenas o direito de uso territorial da marca. Mas há sempre esse questionamento: até que ponto o franqueado pode usar essa marca em uma rede social? De acordo com as regras do Franchising, o franqueado não tem autorização de fazer qualquer publicidade sem aprovação prévia do franqueador.

Não há um modelo que atenda a todos os tipos de redes. Mas há parâmetros

A partir disso, podemos pensar em alguns caminhos, como aquele seguido pelas grandes redes de alimentação, que não permitem que cada unidade tenha seus perfis em redes sociais. Creio que isso acontece porque alimentação é algo muito sensível e delicado. E, caso uma crise aconteça, o franqueador dificilmente poderá intervir no momento em que ela aparece, justamente por estar acontecendo num perfil local, longe de seu radar. E uma crise em um perfil de um franqueado, dependendo da proporção que toma, pode afetar negativamente outros franqueados – além da marca em si.

Algumas das vantagens dessa postura da franqueadora são: 

  • o perfil oficial terá muito mais seguidores,
  • a comunicação nestes canais estará na mão de gestores qualificados,
  • e toda interação será mediada pelo detentor da marca, inclusive propagandas direcionadas para franquias específicas da rede, gerando assim resultados globais e locais mais eficientes.

Vejamos o outro lado: para alguns tipos de redes na área de prestação de serviço continuado (escolas de inglês, de dança, de informática) ou recorrente (pet shop, barbearia, salão de beleza) pode ser uma boa estratégia permitir ao franqueado ter um perfil próprio de sua unidade. Nesses tipos de negócio, o perfil próprio ajudará no cotidiano da comunicação com o cliente final em comunicados sobre volta às aulas, feriados, mudanças no horário de funcionamento e de atendimento, entre outros. É inegável que esse tipo de comunicação institucional é hoje muito eficaz por meio das redes sociais.

Mas, nesse caso, também há salvaguardas que precisam ser estabelecidas, como, por exemplo, fazer com que o login e a senha de cada perfil de franqueado sejam compartilhados com o franqueador, para que este interfira rapidamente em caso de algum embate público com um cliente da franquia ou de fechamento de unidade.

A desvantagem é que, com ferramentas tradicionais, o franqueador não terá tanto conhecimento e controle sobre qual conteúdo que o franqueado anda divulgando. Por exemplo, pode acontecer de algum franqueado postar algo que vá contra o posicionamento de mercado da marca ou que a impacte negativamente de alguma forma.

Há também um terceiro caminho, que acredito ser o pior, em que o franqueador contrata uma empresa terceirizada para fazer a gestão de cada unidade de sua rede. Isso pode gerar um custo muito alto, com benefício discutível. Imagine uma equipe gerenciar postagens de 50 franquias (média do mercado nacional)? E redes com 80, 100, 300 unidades? Toda a verba do fundo de publicidade acabará por financiar essa estratégia? Não vejo essa como a melhor solução.

Analise seu negócio e reduza as opções

Diante dessas possibilidades, o melhor caminho começa com a análise do franqueador em relação ao seu segmento de negócio, às características da rede e o comportamento de seus concorrentes nas redes sociais. A partir daí sugiro que o franqueador se decida por uma das duas primeiras opções: ou nenhum franqueado tem licença para ter seus perfis locais; ou opta-se pelo segundo modelo, em que se permite a existência de perfis locais para negócios baseados em serviços recorrentes ou continuados.

Um dos clientes que atendemos da área de serviços recorrentes utiliza o software Template Track para simplificar e controlar os processos da gestão da marca nas redes sociais. Funciona assim: a equipe de marketing digital da Carvalho Martins disponibiliza na plataforma Template Track todos os posts criados e veiculados nas páginas oficiais da marca. E oferece também uma coleção com inúmeras molduras de artes que podem ser personalizados pelos franqueados para publicação em seus perfis locais.

Dessa forma, mantém-se a unidade da marca nos posts, que podem ser adaptados e customizados pelo franqueado com elementos locais, como fotos e frases. E, nessa plataforma o gestor da marca acompanha o que cada um de seus franqueados está fazendo, acessa relatórios e faz a moderação das peças geradas por cada franqueado (aprovando-as ou reprovando-as) antes de serem postadas, de modo a preservar o discurso, posicionamento e identidade da marca.

Não há saída: a automatização de processos de comunicação de marketing é uma tendência que já começa a se tornar o padrão no mercado. E nesse contexto, as agências e times de marketing devem buscar soluções novas, fora do tradicional, contando com equipes de mente contemporânea, junto a softwares e plataformas que, de forma simples e controlada, resolvam o problema de gestão de redes sociais naquelas franqueadoras em que o modelo que permite a existência de perfis de franquias se mostra vantajoso.

E você, o que acha dessa discussão? Compartilhe conosco sua opinião e vivência nessa área.

 


Como blindar o território de sua franquia

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Leia aqui na íntegra o mais recente artigo de Sérgio Martins publicado no portal MaisFranquia.com

Capturar1

Um dos maiores desejos de um franqueado é blindar seu território em relação à ação dos concorrentes. E esse desejo pode ser alcançado. Basta, para isso, que o franqueado tome basicamente três atitudes comportamentais:

1) Envolva-se – com a comunidade e com seus colaboradores.

Pense nisso: o território onde se encontra seu negócio é composto por uma comunidade de pessoas. E são pessoas que se relacionam, não empresas. Parece óbvio, mas nem sempre enxergamos o óbvio. Quando um franqueado investe tempo em circular por seu território, buscando interagir com comerciantes, prestadores de serviços e empresas da comunidade, a chance que ele tem de fazer sua franquia se tornar uma referência na região cresce substancialmente. E é muito fácil fazer isso! É só passar a buscar serviços e produtos que você adquire no seu dia-a-dia de fornecedores de seu território. Salão de beleza, farmácia, açougue, feira, cursos livres, etc, são normalmente locais onde a prosa pode correr solta. E, por isso, são ótimas oportunidades de se apresentar, falar de sua franquia, deixar um cartão, estabelecer contatos…  Lembre-se do ditado: atrás de um CNPJ tem sempre um CPF.

2) Planeje – ações com potencial de geração de resultados.

Depois que você, franqueado, torna seu negócio e a si próprio conhecidos em sua comunidade, é preciso tomar uma segunda atitude: planejar ações de marketing locais aproveitando essa boa relação construída com as empresas do território. Nesse ponto, a ajuda do time de marketing do seu franqueador será essencial. Na Carvalho Martins, desenvolvemos para as franqueadoras que atendemos várias ações de marketing promocional, de guerrilha e para captação de leads, on e offline, e que podem ser executadas durante todo o ano, independentemente de eventuais sazonalidades de produtos ou serviços. Aliás, é importante que as ações sejam sim realizadas durante todo o ano. Algumas darão mais resultados imediatos, outras não. Mas a presença constante da marca de sua franquia no território, ora em ações de parceria com o salão de beleza, ora no mercadinho, ora no pet shop (etc.), aumentará a consolidação de seu negócio como referência na mente dos consumidores de seu território.

Não deixe de buscar também anunciar em veículos locais de baixo custo, mas que podem comunicar diretamente com a comunidade local. Informe-se sobre o jornal do bairro, as oportunidades de mídia exterior, o site da cidade, ou a rádio comunitária. E não se esqueça de estar bonito na busca do Google, começando com um perfil bem construído de sua franquia no Google Meu Negócio! Sua franqueadora certamente poderá te ajudar nisso.

3) Execute – e não deixe de medir os resultados.

Quando o franqueado gasta mais tempo para planejar suas ações de marketing territoriais, certamente gastará menos tempo para executá-las e os resultados tenderão a ser mais assertivos.  Depois de cumprir os dois primeiros passos, é importante que o franqueado tenha em mãos uma planilha, que você desenvolverá a partir das informações colhidas junto aos potenciais parceiros e veículos de comunicação locais. Nessa planilha, insira as ações a serem desenvolvidas por data. Procure desenvolver ações sobrepostas. Por exemplo: veicular um anúncio no jornal da região no mesmo mês em que será desenvolvida uma parceria com duas academias de ginástica da comunidade. Ou veicular um outdoor na mesma semana que sua franquia desenvolve uma ação de degustação de produtos em uma praça do bairro.

Quanto à medição de resultados, vai uma dica importante: o franqueado que trabalha bem seu território, sempre desenvolvendo ações de marketing com parcerias e mídias locais, certamente está criando barreiras de entrada aos concorrentes. Ou seja: estará blindando seu território. Além dessas ações, muitas franqueadoras também veiculam campanhas nacionais, via fundo de marketing, o que aumenta ainda mais o grau de lembrança da marca em cada território de atuação. E seu consumidor, submetido a este conjunto de ações de comunicação, nem sempre se lembrará exatamente onde viu ou ouviu falar de sua marca. Então, não faça com que seu cliente perca tempo perguntando onde ele viu ou ouviu falar de seu negócio. Porque nem ele mesmo tem a resposta racional a essa pergunta! Na jornada até chegar ao seu estabelecimento, seu novo cliente pode ter sido alvo de vários inputs de comunicação de sua franquia: viu um folheto no salão de beleza, depois passou por um outdoor da marca, degustou um produto na praça… E para se livrar da pergunta “onde você ouviu falar de nós?”, ele responderá qualquer uma dessas opções – dificilmente todas elas.

O resultado que interessa é se o fluxo de clientes aumentou em sua franquia depois que você mudou suas atitudes comportamentais e passou a se relacionar, planejar e executar ações de marketing constantes junto à comunidade. Certamente, nesse ponto, sua marca já estará blindando o território. E ai dos concorrentes que não perceberam seu movimento!

 Sérgio Coelho Martins

Sócio-diretor da Carvalho Martins Comunicação e da Track Techno Software


Lições e insights da IFA 2015

sábado, 14 de março de 2015

Pos IFA MG

Pos IFA MG

Estivemos no dia 12/03 no evento Pós-IFA realizado pelo Sebrae- MG em parceria com a Bittencourt Consultoria. A IFA é a Federação Internacional do Franchising e realizou em Las Vegas, em fevereiro, sua 55ª Convenção. Participaram mais de 4 mil franqueadores de 42 países, trocando experiências, tendências e desafios do mercado e muito mais, que você vai poder constatar no decorrer deste texto.

Lyana Bittencourt, sócia da consultoria, trouxe algumas lições para os empresários mineiros. Antes de entrar no temas propriamente levantados durante a Convenção da IFA, falou de alguns temas que merecem atenção e reflexão de todos os empresários. Basicamente é a mudança do perfil do consumidor. É fato que a população brasileira está envelhecendo. Logo teremos uma maior proporção de idosos na população. Outro ingrediente é a geração Millenium, com idade entre 15 e 35 anos. “São pessoas que vivem um luxo funcional, nascem acoplados ao tablet, têm altíssima afinidade com tecnologia, são multitarefas”, disse ela. Por fim, lembrou também da mudança das mulheres. “Estão mais inseridas no mercado. Há uma redução da taxa de natalidade. Temos vários comitês femininos surgindo”, pontuou. A grande questão que levantou foi se as empresas estão preparadas ou se preparando para atender esses perfis de clientes.

Ela também ressaltou o papel da tecnologia. “Está ligada a tudo. Inserida no nosso dia a dia. Já tem tecnologia que identifica o humor pela voz”, revelou. Sabemos também que já existem equipamentos que identificam as redes sociais dos clientes quando entram na loja, busca identificar seus gostos e sugerir compras ligadas a este perfil. A tecnologia, lembrou, permitiu a criação da maior rede hoteleira do mundo, através do site AirBnB, sem sequer um hotel. Por todas as mudanças que estamos testemunhando, Mike Duke, que foi presidente do Walmart decretou: precisamos pensar não em como as pessoas consomem agora, mas sim em como vão consumir em 2020.

Entrando de fato nos aprendizados da Convenção, foram seis temas mais fortemente repercutidos: cultura ou propósito da empresa; relacionamento; mentoring; embaixadores da marca; marketing digital e internacionalização. Vamos a eles:

CULTURA EMPRESARIAL

Foi o tema mais relevante. Vários franqueadores disseram ser fundamental entender o propósito ou a cultura da empresa. Na Havaianas, por exemplo, criou-se um envolvimento da equipe em torno de se tornarem referência mundial. Para isso possuem a equipe VDM (Vamos Dominar o Mundo). Com atitudes assim, é possível engajar os funcionários num grande propósito. Tem um simbolismo por trás. E, ao fazer isso, será possível perceber quem são aqueles funcionários que não se envolvem, não comungam dos mesmos valores e propósitos da companhia.

Se cultura necessariamente passa pelo time interno. Numa franquia, obviamente, tem relação com a seleção dos franqueados. “Foi algo muito perceptível na IFA. É a preocupação número um dos franqueadores americanos por exemplo”, disse Lyana, que visitou a feira pela 7ª vez. Uma boa dica é que o empresário busque identificar quem são as pessoas admiradas pelos demais funcionários dentro da empresa. E as características que essas pessoas têm. A partir daí, tentar replicar isso nos demais e até usar isso na seleção de candidatos.

Essa é uma tarefa importante para franqueadores e empresários em geral. Identificar a cultura da empresa, traduzir isso. Além de identificar os mais entusiasmados, é preciso buscar entender o sentimento de todos em relação à empresa. Crie discussões em torno dessa proposta de valor; sobre como a tecnologia pode afetá-la, melhorá-la, dinamizá-la e compartilhe com seus colaboradores.

Como exemplo de empresa com proposta bem definidas podemos citar a Zappos, o e-commerce de sapatos que é um fenômeno mundial, com mais de 1.600 empregados. A filosofia é de total desprendimento. Funcionários não batem ponto; tem liberdade para chegarem a hora que quiserem desde que entreguem seus trabalhos; podem decorar suas mesas como quiserem; podem trocar de mesas; o RH foi rebatizado de relacionamento com empregados; na entrada tem camisetas com dizeres parabenizando conquistas de equipes internas; salas de descompressão (redes com grama e alimentação gratuita). Não bastasse o já mencionado, oferecem treinamento de um mês em que, caso o novato não se identifique, pode pedir para sair e recebe o salário do mês; os anos de colaboração na empresa são reconhecidos; não possuem hierarquia e sim coaches e líderes (incentivadores); não tem script de atendimento ao cliente pois defendem que o que faz diferença é o relacionamento do funcionário com o cliente, de forma a resolver e satisfazer.  Acreditam que é preciso entregar uma boa experiência, que só é alcançada com personalização e conexões emocionais. A empresa, hoje, recebe empresários do mundo inteiro para ver como este modelo funciona.

Outro case de sucesso é a rede de supermercados Whole Foods. Lançada em 1980, já em 1981 sofreu um enorme revés. Uma enchente na cidade de Austin arrasou sua loja e seu estoque. Um prejuízo de 400 mil dólares. Sem ter como reverter esse cenário, os sócios estavam por desistir quando receberam apoio da comunidade. Pessoas trabalharam voluntariamente na reconstrução e deram, adiantado, dinheiro para que os donos repusessem os estoques. A partir deste dia o CEO John Mackey e os sócios Renee Lawson Hardy, Craig Weller e Mark Skiles entenderam que aquele negócio não era mais deles e sim de todos. Que o negócio só faria sentido, se fizesse bem à comunidade. Desde então passaram a fazer, por exemplo, feira de produtores dentro de suas unidades onde não ganhavam nenhum centavo. Estabeleceram 30 substâncias nocivas para a saúde e assim, todos os produtos que fazem uso de alguma delas, não encontram espaço em suas gôndolas. Por exemplo, a Coca-Cola. Mesmo sem vender produtos tão tradicionais, a rede foi a que mais cresceu nos Estados Unidos. Tem mais de 100 lojas e já desembarcou na Europa. É esse tipo de propósito, saber bem para que veio, como e quem quer atender, que as empresas precisam estabelecer.

RELACIONAMENTO

É preciso investir nele. Não só com clientes, mas como todos os stakeholders. “Líder bom hoje, é o líder solucionador. Ao se pensar na relação da marca com os franqueados, é preciso entender que é fundamental ter transparência. Quando houver problemas, devemos solucioná-los e não buscar atalhos ou varrer a sujeira pra debaixo do tapete. E o franqueador que for um líder solucionador, pode conduzir esse processo, estimulando as soluções, estando atento e apto a responder a tudo”, afirma Lyana Bittencourt.

Os pensamentos atrasados de que: sempre fiz assim e não tenho porque mudar; meu jeito de vender funciona, não vou mudar; ou considerar a tecnologia um negócio complicado e que, portanto, não vou adotá-la, são pensamentos comuns a empresário atrasados.

MENTORING

O Mentoring no franchising foi altamente recomendado pelos gestores que já o utilizam. Alguns, inclusive, remuneram fraqueados para isso. É um apoio e incentivo aos integrantes da rede com melhor desempenho. Para disseminares seus conhecimentos através do compartilhamento das melhores práticas. No Brasil, entretanto, se discute se isso não seria terceirização do objeto fim do contrato de franquias.

Dentro desse perfil, de estimular, é importante que o franqueador mantenha algum contato de proximidade com seus franqueados. “Ligue sem aviso prévio. Tenha uma relação não tão próxima para ser amigo, mas nem tão distante para ser inatingível. Se possível, faça visitas nas lojas, vivencie a atmosfera da loja como um consultor de campo”, sugere ela.

EMBAIXADORES DA MARCA

O quarto ponto de destaque são os embaixadores da marca. Identifique e use os franqueados e clientes apaixonados. Crie grupos de referências dentro da rede que ajudem a melhorar a performance. Reconheça seus bons franqueados publicamente. Parabenize-os nas convenções, crie rankings de desempenho que são atualizados mensalmente; peça para que contem como chegaram a esse resultado. Essa energia passa para os demais, que visualizam onde podem chegar.

Desenvolva programas de incentivo e mantenha as regras. Não as mude no meio do jogo. Deixe que saibam exatamente o que precisam fazer. Use critérios claros. Estimule essa competição saudável. E seja transparente. Abra seus dados. Construa confiança e respeito mútuo. Se possível, faça um relatório de gestão.

MARKETING DIGITAL

Existem empresas open minded, que estão à frente de seu tempo, testando novas fórmulas. E existem os tradicionais. Franqueadores devem definir quais redes sociais o franqueado usa e quais ela quer que seja institucional.

Em algumas empresas, cada franqueado tem uma página local de Facebook. Mas para isso, as empresas estão monitorando como está sua reputação online nessas regiões. Às vezes produzindo conteúdo para que repliquem e aprovando conteúdos locais. Um caminho pode ser criar um manual de conduta em determinada rede social. Afinal, como ser social localmente sem redes sociais?

A UTS, empresa americana de logística similar aos Correios, usa um sistema único que controla todas as páginas da marca. No entanto esse sistema permite que os gestores incluam informações locais. Já aquelas institucionais vão para todas. Assim, buscam ser globais mas com presença local. A possibilidade de ser local no online, permite também um trabalho de engajamento emocional. Depoimento de consumidores, funcionários e franqueados da região, fortalecem a marca na comunidade.

Para melhorar o desempenho online, algumas marcas promovem treinamentos descontraídos do uso destas redes sociais, para melhorar o desempenho de seus franqueados. E também recorrem aos embaixadores da marca no ambiente online. Trazem para perto perfis que amam a marca.

As ferramentas de marketing também podem auxiliar na construção da jornada de relacionamento do consumidor. Se o cliente vai a uma loja física e fica satisfeito. Mas depois aciona o SAC e tem uma queda nessa percepção, criará uma impressão da marca na média dessa vivências. Isso, no passo a passo, é a jornada de relacionamento.

EXPANSÃO INTERNACIONAL

Para o Brasil as notícias não são boas. O país que antes era tido como a bola da vez, agora é tido como destino com baixo potencial de expansão. Para as marcas nacionais que desejam romper as fronteiras é preciso pensar não só nas motivações, como nova fonte de receita, entrar em novos mercados e aumentar o valor da marca, como também nos desafios. Saber definir bem o país de destino, escolher com bastante critério o master franqueado (que precisa estar alinhado com os valores e cultura da marca) e ter em mente um projeto de médio a longo prazo. Em geral, os brasileiros acreditam em sucesso e lucros imediatos. E não é assim que funciona. É preciso trabalhar posicionamento da marca, definição de mercado, métodos de atuação, escolha correta de pontos, estudar a legislação local. São muitas as tarefas para dar esse passo.

Texto de Humberto Siqueira, parceiro colaborador da Carvalho Martins


Marketing de franquias: reduza custos, aumente a capacitação.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Marketing para Franquias

O número de empresas franqueadoras no Brasil passou de 2.900 unidades no final de 2014 (dados ABF). A grande maioria dessas operações ainda está no início, e muitas delas já começam a se deparar com o desafio da consolidação de suas marcas e expansão das unidades. Para as empresas que estão passando por esta fase, é crucial contar com uma inteligência de marketing que seja capaz de planejar, gerenciar e executar ações que visem o fortalecimento da marca e a geração de negócios – tanto para a expansão da rede quanto para o incremento da demanda de clientes finais para as unidades franqueadas.

Para essas franqueadoras, nem sempre é possível arcar com os custos de um time de marketing qualificado, que se somam aos custos da contratação de uma agência de comunicação profissional, de compra de mídia (online ou offline), de gestão de redes sociais e de outras ferramentas imprescindíveis para a comunicação integrada das marcas nos dias de hoje.

Terceirização de marketing em franchising: é possível?

 A Carvalho Martins Comunicação oferece às empresas franqueadoras um pacote de serviços que pode integrar:

• consultoria de branding (posicionamento de marca, atributos de valor, diferenciais),

• o planejamento de marketing,

• a gestão da comunicação da marca,

• gestão do marketing da franqueadora,

• branding design,

• serviços de agência de publicidade,

• social media,

• assessoria de imprensa.

Por não ser um modelo engessado, a contratação dos serviços pode ser modulada de acordo com as necessidades de cada empresa franqueadora, que pode possuir um staff de marketing interno ou não. O pacote de serviços contratado é gerenciado por um único contrato de consultoria e gestão.

São várias as vantagens deste modelo

• A franqueadora passa a contar com uma equipe terceirizada de planejamento de marketing de sua rede, com visão externa do negócio e grande experiência no ramo de franchising.

• Ao invés de receber um briefing, a Carvalho Martins faz o levantamento diagnóstico das necessidades mercadológicas do cliente, através de uma visão 360 graus de seu negócio, e elabora um estudo que aponta necessidades e soluções completas, do planejamento de marketing aos processos de comunicação integrada de marketing.

• A Carvalho Martins mantém, em seu staff, profissionais de diversas competências, como redação, design, media planning e social media para atender demandas dos clientes com eficácia e rapidez, desde projetos de branding design à criação e de campanhas publicitárias completas, em plataformas on ou offline.

• A Carvalho Martins orienta e gerencia a interface com outros fornecedores que compõem serviços agregados, como empresas de eventos, desenvolvedores Web, etc.

• Trabalhando com a Carvalho Martins a franqueadora pode ter, em um mesmo contrato, a integração do serviço de consultoria de gestão de marketing com serviços de agência de publicidade, redes sociais e assessoria de imprensa – tudo a uma relação custo X benefício bastante atraente.

Cases

• A rede Number One começou a trabalhar com a Carvalho Martins em 2004 contratando apenas os serviços de branding design, consultoria de comunicação integrada e publicidade. Na época, a Carvalho Martins trabalhava 100% alinhada com o staff interno do franqueador. Desde 2011, porém, toda a inteligência e operação de marketing da rede, que possui 160 pontos de ensino no Brasil, foram transferidas para a Carvalho Martins que, inclusive, absorveu parte da equipe que trabalhava no Number One.

• Em 2014, a rede de franquias Rede Açaí.com contratou os serviços de consultoria de comunicação integrada de marketing, branding design e de agência de publicidade da Carvalho Martins que, neste caso, trabalha em sintonia constante com o staff da franqueadora.

Além desses clientes, a Carvalho Martins atendeu a Master-franquia Microlins em Minas Gerais entre os anos de 2006 e 2008, prestou consultoria de branding e gestão de comunicação à rede Learning Fun (2011-2012), além de prestar serviços semelhantes a outras redes de negócios, como a indústria e comércio de cosméticos Mutari (2009-2011).

Clique aqui, conheça mais sobre a Carvalho Martins e fale com a gente.



Mídias sociais: confira nossos novos artigos.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

artigos

Clique aqui e confira o artigo de Sérgio Martins sobre redes sociais no ambiente do franchising publicado no jornal Minas Marca.

E mais: veja também aqui o artigo de Ana Paula Amaral, gestora de mídias sociais da Carvalho Martins, sobre a diferença entre mídia no Google e no Facebook.


Padronização do marketing em redes de franquias

quarta-feira, 23 de julho de 2014

empreendedor

“Franqueado e franqueadores precisam trabalhar juntos para que a verba seja bem aplicada nas esferas local e nacional.” Leia aqui a matéria do site da Revista Empreendedor com Sérgio Martins como um dos entrevistados.


Inbound Marketing no ponto de venda

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Sérgio Coelho Martins, sócio-diretor da Carvalho Martins Comunicação

O termo inbound marketing, ou marketing de atração, tem ganhado espaço nos planejamentos estratégicos de agências e de departamentos de marketing de médias e grandes empresas. Com uma visão diferenciada em relação ao outbond marketing, ou marketing tradicional, a ação de martelar a mesma informação para uma grande massa de público não homogêneo é substituída pela tecnologia que atrai para o negócio um público altamente qualificado, como um imã.

Quando se fala em inbound marketing, é comum associar esse conceito apenas a ações straight to the point que acontecem hoje no ambiente Web, como SEO, adnetworks, ações em redes sociais, aplicativos e outras ferramentas digitais afins. Mas o inbound marketing pode ir além do ambiente online. Em todo processo de branding em que as marcas buscam ser atraentes, a estratégia denominada inbound pode perfeitamente extrapolar o ambiente online, tomando  outras formas, principalmente no ponto de venda.

Veja o exemplo da fachada e interior da loja de roupas Hollister, na 5ª Avenida, em Nova Iorque. A fachada da loja é um gigantesco painel de led que veicula a imagem de uma praia da Califórnia, ao vivo. Para uma loja que se posiciona no mercado como moda surf, não há nada mais atraente do que se sentir na beira da praia em plena calçada de Nova Iorque. Mas a experiência se expande no interior da loja, que toca músicas da playlist dos surfistas, possui um aroma próprio, atendentes “sarados” e outro painel idêntico ao da fachada na parede do fundo, onde a gente vê de vez em quando alguns surfistas nas ondas da Califórnia, ao vivo.

 

Fachada da Hollister na 5ª Avenida, em foto que tirei à noite.

O que temos feito para atrair nossos clientes e prospects para nossa marca? Estratégias na Web são fantásticas, desde que bem planejadas, primorosamente executadas e exaustivamente avaliadas. Mas há um mundo de possibilidades também na vida real. E nosso ponto de venda físico pode e deve ser tão ou mais atrativo que nossas vitrines virtuais.


Marcas Memoráveis

sexta-feira, 29 de junho de 2012

COMO CONSTRUIR MARCAS QUE O CONSUMIDOR NÃO ESQUECE

Gurgel, Kolynos e Bamerindus, são algumas marcas brasileiras que, mesmo após o encerramento das atividades, ainda continuam na cabeça dos consumidores. O que torna isso possível? O que as marcas atuais podem aprender com esse fenômeno?

O gestor de marcas e sócio diretor da Carvalho Martins Comunicação Sérgio Coelho Martins explica que essa situação ocorre devido à união de dois principais fatores: campanhas memoráveis e produtos respeitáveis. “São marcas que trabalharam bem sua comunicação unindo um conjunto de fatores relevantes, como a elaboração de uma linguagem adequada, criativa, com slogans significativos para o público, principalmente considerando o momento histórico em que essas marcas foram construídas. Dessa forma, conseguiram desenvolver uma imagem simpática, atraente e inesquecível”, observa.

A Kolynos, por exemplo, marca americana que chegou ao Brasil em 1917, construiu toda sua estratégia de comunicação baseada em sensações através de imagens, sons e ícones que passavam a idéia de refrescância. “Foi algo inovador para a publicidade da época, tão focada em discursos formais, quase didáticos, sobre fórmulas e qualidades de produtos. O famoso “Ah!” usado em todas as campanhas era tão forte que permaneceu no Sorriso, marca que substituiu a Kolynos”, afirma Martins.

Paralelamente, outras marcas que atendiam bem aos objetivos propostos, suprindo as necessidades do consumidor, também conquistaram um lugar privilegiado na mente e coração dos consumidores. O Gurgel BR-800, por exemplo, foi um carro lançado no Brasil em 1988 pelo empresário João do Amaral Gurgel com um mote nacionalista. A fábrica Gurgel Motors se tornou a primeira e única, até hoje, montadora de carros 100% brasileira.

“Um carro simples, econômico, racional, inteligente e acima de tudo, honesto”, definia a campanha de lançamento, destacando que estava pronto para atender a maior parte dos brasileiros. “O Gurgel oferecia um produto novo mas, também, nacionalismo com economia. Talvez por isso, a marca continue forte no imaginário brasileiro, mesmo após o encerramento das atividades em 1993”, destaca o gestor. O mesmo ocorreu com o Bamerindus, lançado em 1929 no Brasil, como uma solução para uma economia segura e rentável. “A comunicação bem-humorada adotada pelo banco em seus últimos anos de existência, principalmente no produto Poupança Bamerindus, foi um daqueles raros e desejáveis casos de propaganda que cai no gosto popular, quase se integrando à cultura do povo. Com esse apelo bem-humorado – algo incomum até hoje em campanhas de serviços financeiros -, o Bamerindus se tornou uma marca com personalidade popular e alegre, uma marca memorável”, explica Martins.

Contudo, será que a fórmula para se manter na mente do consumidor ainda é a mesma? Segundo Sérgio Martins, a receita parte sempre de um mesmo ponto: “transmitir uma mensagem significativa, de forma criativa e surpreendente, e oferecer mais que um produto/serviço”. Por isso, hoje, uma boa gestão de marcas está intimamente ligada a outros setores da empresa. Afinal, de nada adianta uma marca forte, se a empresa não conseguir atender seu consumidor da forma que ele espera. “Hoje, os consumidores estão mais exigentes, vigilantes e contam com um incrível poder de avalizar ou não as marcas que tentam lhe conquistar. Fazem isso através da Internet, muitas vezes com críticas que adquirem uma visibilidade inimaginável na época das grandes marcas do passado”, completa Martins.

Por isso, o processo de planejamento e gestão de marcas hoje ser mais complexo e necessitar de ajuda profissional, com visão macro e integradora de todos os pontos de contato da marca com os públicos que com ela interagem.

Fonte: http://www.zoomcomunicacao.com.br/noticias-detalhes.php?page=como-construir-marcas-que-o-consumidor-nao-esquece


Gestão de marca em rede de franquias

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Clique em cada página e leia na íntegra o artigo de Sérgio Coelho Martins sobre gestão de marcas em redes de franquias, publicado na Revista Dirigente Lojista de Junho/2012.